No AZ Alkmaar, era o capitão e a referência da equipa, quer dentro quer fora do campo. Agora em Alvalade, o médio holandês Stijn Schaars deixou para trás um início titubeante, que chegou a levantar algumas dúvidas sobre a influência que poderia exercer no balneário e, acima de tudo, no futebol da equipa, para aos poucos se impor como um líder, um patrão no relvado e um amigo conselheiro fora dele. A "dura" que deu a André Santos a caminho do balneário no intervalo do jogo com o Famalicão não passou despercebida à reportagem de O JOGO, que verificou e relatou os seus efeitos positivos na segunda parte do encontro. Schaars tem personalidade forte, e o seu carácter motivador, integrador e ganhador - hoje como antes, fica doente quando perde - é aplicado em prol do colectivo. Já no AZ Alkmaar, emblema que representou de 2005 até ingressar no Sporting, no último Verão, era assim, conta-nos Héctor Moreno, jovem internacional mexicano - agora no Espanhol - que partilhou experiências com Stijn Schaars durante três épocas e meia na Holanda. E as memórias são positivas, não só pelo que dava à equipa em campo como pela preocupação com o bem-estar dos colegas.
"Tive a sorte de partilhar o balneário com ele. Mesmo jovem, era o capitão e sempre ajudou quem chegava e era de fora. Eu, ainda por cima, nem sabia falar holandês quando cheguei, então ele ajudava-me com as poucas palavras em espanhol que sabia. Preocupava-se com a boa integração das famílias na cidade e assegurava-se de que não nos faltava nada", começa por referir o defesa mexicano, antes de descrever a atitude sempre activa, comunicadora e interessada do ex-colega. "Ele é alguém que fala muito, dentro de campo comunica muito, quer ter sempre a bola, participar em todas as jogadas, e aparece sempre a apoiar e a dar linhas a quem tem a posse de bola. Ir para o Sporting é um bom salto na carreira dele. Esteve muito tempo no AZ Alkmaar e foi logo capitão desde jovem. Sempre teve qualidade técnica, é um ganhador e chateava-se quando perdia. A forma como se encara o futebol lá é diferente; é mais relaxado e cada um concentrava-se nas suas coisas antes dos jogos. Ele tratava de motivar os colegas."
Moreno recorda, "sensibilizado", uma atitude com que Schaars o conquistou de imediato e à sua família, e que fez com que fosse mais um dos guerreiros atrás do capitão: "O meu pai é professor de Inglês, mas eu não sabia inglês porque queria era sempre jogar à bola, em vez de fazer o que os meus pais queriam. Então uma vez, com a minha família lá em Alkmaar, ele e a mulher convidaram-nos a casa deles para jantar! É daqueles detalhes que se agradece, eu e a minha mulher ficámos muito sensibilizados com a preocupação."
No seu país, onde usufruía de um estatuto importante na equipa graças à braçadeira e ao facto de ser internacional pela Holanda, Schaars beneficiava, no AZ Alkmaar, da existência da Casa dos Jogadores (instalação/estrutura para convívio do grupo de trabalho e suas famílias antes e após os jogos, com refeições volantes) para promover e reforçar o espírito de grupo. Agora é leão de corpo inteiro.
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ResponderEliminarJoão Ferreira e Paulo Baptista. Olha que dois... lembram-se de 2006/07 e da forma que perdemos esse campeonato?
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