O Sporting marca três vezes mais golos quando Carrillo está em campo do que quando não está. Muitos são os factores que podem explicar diferença tão gritante, mas os números são indesmentíveis: com o peruano a jogar, os leões têm chegado com muito maior facilidade às balizas contrárias.
Catorze foram os jogos oficiais do Sporting, num total de 1260 minutos, calculados desde que se estreou diante do Olhanense, à primeira jornada da Liga. Carrillo só participou numa pequena parcela desse tempo (328'), mas os golos com ou sem ele em campo foram praticamente os mesmos: os leões apontaram 15 tentos nos 932 minutos sem Carrillo e 14 golos nos 328 minutos com ele.
O extremo peruano só começou a "contar" para Domingos à sétima partida, contra o Zurique, em que alinhou a titular. Beneficiou então das lesões de Izmailov e Jeffrén - viria a ganhar espaço ainda com a lesão de Pereirinha -, inicialmente tidos pelo treinador como opções prioritárias em relação a ele, que tinha sido contratado como investimento a longo prazo. À imagem de outras promessas, como Arias ou Rúbio, a intenção era a de que fosse lançado gradualmente na equipa.
Só que o "culebra" foi surpreendendo tudo e todos, agarrando a oportunidade que lhe surgiu graças ao infortúnio dos colegas - e é quase sempre assim... no azar de uns está a sorte de outros. A seguir a Zurique (exibição razoável), voltou a estar em plano mediano com o Rio Ave, mas à terceira foi de vez: na vitória caseira por 3-0 frente ao Setúbal foi um dos melhores, abrindo caminho ao resultado com um "túnel à Messi" que culminou com o golo de Schaars logo aos 2'.
Com a Lázio, não deslumbrou, piorou a seguir com o Guimarães, mas ressurgiu em grande nos últimos dois encontros, diante de Vaslui e Gil Vicente. Nesta última partida, aliás, trouxe novo fôlego (leia-se intensidade e velocidade) ao conjunto, participando directamente nas jogadas dos últimos três tentos.
A sua influência foi crucial para se chegar à goleada com o Gil, mas também o fora contra Lázio, Setúbal e Vaslui, em que esteve nas jogadas de outros três golos (um em cada jogo). Tal como os números podem deixar a entender, não se pode dizer que os bons resultados da equipa sejam consequência directa da presença de Carrillo em campo, até porque tem havido (muitos) outros elementos em grande forma, como Capel, Van Wolfswinkel, Elias, etc. Mas, lá está, os números não enganam, e esses, dão-lhe razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário