Wolfswinkel é o sinónimo leonino de golo em 2011/12, mas esta ligação esperada pelos apaniguados do Sporting, e que o atleta vem confirmando, transcende o faro demonstrado pelo internacional holandês. O agigantar do dianteiro está também a ser forjado nos ginásios da Academia. Ricky marca, luta e corre mais... porque tem intensificado o trabalho muscular e está mais corpulento! A culpa é das idas trissemanais ao ginásio, que já lhe valeram mais quatro quilos de músculo.
A enfrentar a mudança do futebol dos Países-Baixos para o português, o jovem ponta-de-lança de 22 anos chocou com uma realidade bem mais exigente do ponto de vista físico e está a desenvolver uma cada vez mais notada robustez física, traduzida em maior velocidade e, sobretudo, num aumento de massa muscular, fruto do treino superior a que se tem submetido no ginásio do centro de futebol leonino. Mais largo de ombros e desenvolvido nos braços, diferente da mais franzina constituição que aparentava quando há cerca de quatro meses foi apresentado como reforço dos verdes e brancos, o camisola nove está a mostrar cabedal em todos os sentidos para se fixar no eixo atacante do colectivo lisboeta.
"Vim para Portugal apostado em melhorar o meu futebol a todos os níveis. Estou muito mais forte fisicamente. A competição em Portugal é muito mais intensa, e tenho de estar sempre no meu melhor", dizia o próprio jogador, em recentes declarações ao sítio da Associação de Jogadores Profissionais da Holanda. Tudo segundo o esperado pelo director técnico do FC Utrecht, Foeke Booy.
"Fui eu quem o aconselhou a escolher o Sporting, justamente porque a liga portuguesa iria exigir mais dele fisicamente. O próprio Ricky já me deu razão. Ele tem talento, por isso o contratei ao Vitesse, mas para chegar mais alto tem de dar um passo de cada vez, e o melhor passo era mesmo, como se vê, a ida para Lisboa", defende o dirigente do ex-clube de Ricky van Wolfswinkel.
Durante um recente período de férias na Madeira, Foeke Booy, amigo pessoal do dianteiro do Sporting, já notou as diferenças em questão. "Vi os jogos contra o Setúbal e a Lázio. Percebi logo que ele estava mais desenvolvido do peito para cima e muito mais rápido do que quando jogava na Holanda", observou o dirigente do Utrecht, que embora não tenha conseguido vir ao continente e a Alvalade para ver em acção um dos seus meninos-bonitos, salientou ainda a maior confiança de Wolfswinkel no vistoso golo marcado aos transalpinos: "Aquele movimento não é normal nele em jogo por ser com o seu pior pé. Sei como poucos do que ele é capaz, tecnicamente é um golo ao seu alcance, típico de ponta-de-lança, não foi sorte, mas aquilo só demonstra os níveis de confiança que o Ricky atingiu."
Curioso é igualmente o gosto do dianteiro por "dar no ferro". Foeke Booy relembrou: "A sua aplicação no trabalho de campo era a mesma no ginásio. Lembro-me de que aqui no Utrecht também trabalhávamos a parte muscular e Wolfswinkel entregava-se às máquinas de musculação com a mesma entrega com que estava no relvado. Ele é ambicioso, um trabalhador nato, sabe que, para chegar mais alto, tem de se aplicar a fundo, e o passo que tinha de dar nesta altura está a mostrar resultados. Ele está a tornar-se num jogador mais poderoso!"
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