Escolheu o Deportivo da Corunha para ganhar balanço e voltar ao Sporting na próxima época. A primeira experiência fora do país está a corresponder às expectativas?
Está a ser muito positiva. Estou a conseguir aquilo a que me propus desde o início quando ingressei no clube, ou seja, fazer muitos jogos, e até alguns golos, que também são sempre importantes. Isso deixa-me satisfeito. Claro que ainda posso evoluir muito, sei disso, tenho consciência dos meus limites e dificuldades. Estou a melhorar no dia-a-dia com novos jogadores, coisas diferentes, coisas novas com jogadores de talento que são muito importantes como é o caso de Valeron, um jogador que já deu muito ao futebol espanhol e é um prazer enorme jogar ao lado dele.
Sente alguma desilusão por não ter permanecido no Sporting, depois de uma época em que deixou indicações positivas?
A decisão foi tomada, por isso, bola para a frente. Estou muito feliz e espero fazer o meu melhor. Não fiquei com qualquer tipo de mágoa em relação ao Sporting, tenho de respeitar essas decisões. Faz parte da vida e do futebol. Apenas tenho de seguir o meu caminho.
O seu contrato com o Sporting até 2014 está blindado por uma cláusula de 30 milhões de euros e o Corunha não tem qualquer cláusula de opção de compra porque o Sporting não autorizou. Vê-se como aposta de futuro?
Se olharmos dessa forma, sim. Emprestaram-me sem opção de compra porque esperam algo de mim, mas não sei. Depende da forma como correrem as coisas esta temporada e da decisão que possam tomar no futuro. Aí sim, saberei se realmente sou aposta ou não.
Rodar foi a melhor decisão?
Não sei se ficasse no Sporting se jogaria com mais regularidade. Estou muito feliz pela época que estou a fazer.
Está mesmo mais jogador?
Sei que posso evoluir mais ao nível das decisões, ser um jogador mais calmo, decidir melhor as jogadas na altura de cruzar ou rematar. Em suma, ter uma melhor perspectiva daquilo que devo fazer em campo. A nível do clube, a adaptação foi muito boa.
É muito acarinhado pelos adeptos quando vai na rua? Sente esse carinho que tanto se fala na Corunha?
Sinto. No estádio, em todas as jogadas em que tenho a bola, os adeptos começam logo a gritar, a incentivar. Sinto muito esse apoio, e isso é importante para dar mais confiança para mudar os jogos. Também noto quando saio dos jogos e vou para casa: as pessoas cumprimentam-me e querem tirar fotos.
Já há quem diga que a emblemática Torre de Hércules é a Torre de Salomão. É verdade?
[risos] Não sei, mas se for, é um bom elogio. É o símbolo da cidade e, se assim for, é um grande elogio dos adeptos. Houve um momento especial que me marcou: uma rapariga que tinha e tem uma camisola com uma fotografia que tirámos no fim de um jogo, com "Salomão 22", e no fim dos jogos está sempre à saída do estádio para tirar uma nova fotografia e ter um novo autógrafo.
No Riazor já se ouve um cântico dedicado a si…
Sim, já ouvi, principalmente nas ruas. Não sei bem como é, mas é qualquer coisa que começa com um "baila como queres" [risos].
Porque fala sempre em português nas conferências de Imprensa?
Porque ainda não me sinto à vontade com o espanhol, mas já sei algumas palavras. Podia arriscar… Mas as pessoas não levaram a mal por falar só em português, compreendem bem o que digo.
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