sábado, 26 de novembro de 2011

Capel para rebentar


Um dérbi é sempre um desafio especial para as principais estrelas de um clube e, no Sporting, muitas das esperanças estão depositadas no jogador que mais influência tem exercido na eficácia ofensiva da equipa, o extremo Diego Capel.

Reforço sonante durante o defeso, contratado ao Sevilha pelo surpreendentemente modesto preço de 3,5 milhões de euros, Capel não tardou em deixar a sua marca em Alvalade e os registos ofensivos são a prova do peso que tem na manobra da equipa comandada por Domingos Paciência: tem responsabilidade directa em oito golos, já que lidera a equipa em número de assistências, com quatro, tendo sido finalizador noutras tantas ocasiões, o que faz dele o segundo melhor marcador verde e branco na temporada, atrás apenas de Van Wolfswinkel. Agora, o camisola 11 persegue o melhor registo da carreira numa única campanha, alcançado ao serviço do Sevilha: cinco golos.

Certo é que o extremo-esquerdo que tantos têm comparado ao já lendário Paulo Futre - o próprio não lhe poupa elogios, encontrando semelhanças no estilo de jogo - conhece bem o ambiente destes encontros, dada a rivalidade existente entre o já referido Sevilha, seu clube de sempre, e o Bétis, da mesma cidade. Refira-se, aliás, que o atleta nunca fez o gosto ao pé nos dérbis que disputou e traz consigo um amargo de boca: no último, saiu derrotado pelo Bétis.

Claro que a história pouco ou nenhum peso tem à partida para um jogo de futebol, mas não é menos verdade que a motivação do jogador dificilmente poderia ser maior: Capel não esconde a felicidade pelo momento que atravessa e todos confiam nele para proporcionar, diante do Benfica, os desequilíbrios que tantos problemas têm causado às defesas adversárias.

Mesmo tacticamente, a sua evolução é notória. Respondeu da melhor forma às solicitações de Domingos: melhorou a atitude defensiva e passou a aparecer mais em zonas de finalização, a partir de onde descobriu a veia goleadora.

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