terça-feira, 22 de novembro de 2011

Onze do dérbi espera "novo" Fito Rinaudo


No ponto prévio, ninguém tem dúvidas: Fito Rinaudo será um dos mais sentidos ausentes do grande dérbi do próximo sábado. A grave lesão que derrubou o trinco argentino há menos de um mês, na Roménia, abre agora espaço à seguinte questão: frente ao Benfica, quem fará a vez do camisola 21, André Santos ou Daniel Carriço? Ambas as opções apresentam carta de validade, mas Domingos, que tem apenas um ponto de interrogação no onze a apresentar, só deve dar resposta definitiva pouco antes do braço-de-ferro com Jesus.

No confronto da Taça com o Braga jogado no último domingo, Domingos lançou o jovem médio para ocupar o posto imediatamente à frente da defesa, explicando, após a vitória, que foi a precaução que aconselhou à rendição de André Santos aos 66 minutos. Face ao decorrer da partida, e com o 26 "tapado" por um cartão amarelo, Carriço foi escolhido para assumir as funções em questão, as quais não são totalmente estranhas para um central por vocação. Álvaro Magalhães sabe bem porquê.

"Quando eu lancei o Daniel no futebol profissional, sabia que ele era obviamente um defesa-central por formação, mas foi no meio-campo, à frente dos centrais, que mais gostei de o ver e utilizei", conta o treinador, que durante seis meses conviveu com o atleta da Malveira - na sua primeira época a sénior -, quando comandava o Olhanense, em 2007/08. Caso Domingos opte por trocar em relação ao onze que desafiou e arredou os arsenalistas da Taça de Portugal, colocando Carriço a titular no posto em análise, o ex-internacional português encontra diversas vantagens. "O Daniel dá grande cobertura defensiva a jogar ali. Para desempenhar aquelas funções, é necessário ter visão de jogo e técnica apurada, qualidades que sempre vi nele. Funciona muito bem como terceiro central em situações defensivas, e tenho curiosidade em vê-lo a fazer novamente esse papel. Embora seja um jogador recuado, também vai à frente se encontrar espaço. No fundo, mesmo não tendo alta estatura, é um futebolista moderno, tem o que é necessário", enfatiza Álvaro Magalhães.

Defendendo a forma como "o Sporting está muito bem servido em jogadores para esta posição", o homem que nos anos 80 do século passado dominou a lateral esquerda do rival Benfica encontra semelhante capacidade no futebol de André Santos. "Para mim, é um jogador fantástico. Tem tido uma progressão óptima desde que Manuel Fernandes apostou nele em Leiria, mas, é claro, é um jogador algo diferente de Carriço", sublinha Álvaro Magalhães, referindo a maior abrangência do 26 em campo: "O André dá maior velocidade ao jogo, envolve-se mais na construção ofensiva. A um/dois toques, empurra a equipa para a frente. Raciocina de forma rápida e, antes de a bola lhe chegar, já pensou no que vai fazer. Dá profundidade à equipa e ainda remata forte e colocado."

Em suma, seja qual for a escolha muda o estilo e não a competência, mas a dúvida promete manter-se até que se aqueça para o maior dos dérbis.

1 comentário:

  1. Vindo de quem vem ... o pobre desconfia!...
    Confio mais na perspectiva de Domingos Paciência, seja ela qual for.
    De qualquer forma, se não sofrermos golos até ao intervalo, espero festejar a vitória...
    SL

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