terça-feira, 8 de novembro de 2011

Queda apressa fim do fosso


O fosso que separa as bancadas de Alvalade do terreno de jogo sempre foi fonte de polémica, mas a queda dos dois jovens no final da partida com o Leiria vai acelerar um processo que já fazia parte do conjunto de ideias lançadas pela candidatura de Godinho Lopes durante a campanha eleitoral que levou à sua eleição como presidente do Sporting.

Os dois adeptos que protagonizaram a queda estão fora de qualquer perigo - um deles sofreu uma fractura múltipla no braço direito, sendo necessária uma intervenção cirúrgica para correcção da referida fractura, enquanto o outro apenas contraiu uma luxação e padece de algumas escoriações -, mas o acidente eleva a consciência do perigo que o fosso pode representar.

No domingo, já no hospital, até onde acompanhou os dois adeptos, Paulo Pereira Cristóvão, vice-presidente para a área do património, garantiu aos presentes que o fosso seria eliminado antes do início da próxima temporada e, ontem, o presidente, Luís Godinho Lopes, sendo mais comedido, não deixou de confirmar que esta obra era agora um aspecto prioritário da sua gestão. "Essa era uma decisão tomada anteriormente. Pintámos o estádio, dando-lhe uma cor mais verde, e o fosso é uma matéria que queríamos enfrentar este ano. É um investimento de monta, a situação financeira não é fácil, mas estamos à procura das soluções. É uma promessa que gostaríamos de ver cumprida", disse o líder do universo leonino durante a apresentação de um protocolo para a secção de futsal,

Certo é que apesar da complexidade do problema, tendo em conta que implica alterações na estrutura do estádio, e da componente financeira - são necessários 1,2 milhões de euros, pelo que a falta de liquidez e a crise generalizada constituem obstáculos de monta -, os responsáveis leoninos encaram com renovada determinação uma medida que há muito é desejada pela generalidade dos adeptos, que reclamam maior proximidade com a acção, tal como sucede noutros recintos.

Recorde-se que a razão apontada para a existência do fosso na altura da construção do estádio era sobretudo a possibilidade de acesso para transporte e instalação de equipamentos, tendo a realização de concertos como principal objectivo, mas o ângulo das curvas nos topos do recinto não permite a circulação de veículos pesados de grande porte. Agora espera-se para breve a revelação da solução a adoptar para colmatar uma falha com implicações na segurança

Sem comentários:

Enviar um comentário