terça-feira, 15 de novembro de 2011
Baliza em aberto para a Taça
O suspense promete estender-se até ao jogo. Sobre quem guardará as malhas leoninas, a incógnita vai manter-se até ao apito inicial para o Sporting-Braga, o mais aguardado de todos os duelos da próxima eliminatória da Taça de Portugal. A escolha difícil entre os candidatos Rui Patrício (titular indiscutível) e Marcelo Boeck (suplente que respondeu às exigências quando chamado), a relutância de Domingos Paciência em anunciar para fora de portas quem vai jogar, o seu critério na escolha e a opinião dada por quem viveu por dentro tamanhas decisões mostram que as certezas são... nenhumas. Mais uma das tais boas dores de cabeça de que o técnico tanto fala.
Domingos Paciência rege-se por princípios pouco rígidos quando a conversa passa por entregar determinada prova às luvas de um só guardião. A utilização - aliás, a estreia oficial de leão ao peito - de Marcelo Boeck em Famalicão, na primeira ronda de Taça para o Sporting em 2011/12, foi um decalque de quando, na segunda época na Académica, Domingos deu a titularidade na referida competição a Pedro Roma, quando na Liga o número um era Peskovic. Igual história no Braga: já na Cidade dos Arcebispos, lançou Kieszek para a Taça, quando Eduardo mandava no campeonato, e na passada temporada - a sua segunda e última no Minho - o agora benfiquista Artur teve igual chance, antes de acumular quando Felipe, até Dezembro a primeira escolha, caiu em desgraça. No entanto, à medida que as suas equipas avançam na prova e a dificuldade aumenta, o técnico do Sporting acaba por fazer entrar o guardião efectivo no campeonato.
Mesmo perante este histórico, quem permanece na dúvida é Mário Felgueiras, guardião do Brasov nado e criado na Academia Sporting e ex-pupilo de Domingos nos arsenalistas, ainda que tenha acabado sempre por ser emprestado. A avaliar pela conjuntura, mas sobretudo atentando ao perfil do técnico, o "keeper" de Viana do Castelo cai na dúvida. "Domingos não é um treinador estanque neste aspecto. Creio que o Rui [Patrício] poderá ser uma natural primeira escolha para este jogo. Ele tem estado muito bem, tal como a equipa, mas também confesso que não ficaria admirado se desse uma oportunidade ao Marcelo. Ele respondeu sempre com qualidade nos jogos que fez, e não será a dificuldade desta eliminatória contra o Braga que iria interferir numa eventual decisão de Domingos de lhe dar toda a confiança para jogar", confia.
Indiscutível até aqui não só no campeonato, mas em todos os encontros de dificuldade elevada, Rui Patrício tem outra vez Marcelo Boeck à perna.
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