Octávio Lopes,jornalista - Octávio Lopes, o jornalista que durante dois anos fez a cobertura do processo Casa Pia no "Correio da Manhã", transformou-se num dos protagonistas do caso. Foram as cassetes, que garante terem-lhe sido furtadas da redacção durante as horas de trabalho, que o enredaram numa polémica que ainda não está esclarecida. Octávio Lopes não explicou por que fez e manteve as gravações, acabando por arrastar para a demissão, pelo menos duas das pessoas que pareciam confiar nele. Hoje, as conversas estão na Internet e o roubo continua a ser investigado. Afastado durante um mês da redacção do CM, voltou depois para fazer a cobertura do processo Casa Pia. in JN
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Não me esqueço que Octávio Lopes declarou à Drª Catalina Pestana que o papel do jornalista também é MANIPULAR. (afirmação que se encontra gravada). in processocarloscruz
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28 de Julho de 2011
Breves - Sporting ofereceu 5,5 milhões por Bendtner
Octávio Lopes, jornalista do Correio da Manhã, garantiu nas últimas horas à imprensa dinamarquesa (pelo menos os sites assim o indicam) que o clube leonino ofereceu 5,5 milhões de euros por Bendtner e que o acordo entre os leões e o avançado é total, contudo o Arsenal parece estar a complicar o negócio. O português avançou ainda que as fontes do CM são muito fortes e que o Sporting pretende um avançado e mais um jogador de Top.
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Por outras palavras, se Octávio Lopes, do Correio da Manhã, gravou as conversas com as suas fontes anónimas foi por não estar verdadeiramente seguro de estas serem fiáveis. No entanto, isso não o impediu de publicar manchetes estrondosas visando a reputação e o carácter de figuras públicas e que configuravam autênticos assassinatos de carácter. Ora, um comportamento tão execrável pôde passar sem uma condenação radical de quem se propõe representar oficialmente a deontologia profissional dos jornalistas. Pelo contrário: o Sindicato fez questão de condenar o alegado roubo das cassetes e a sua divulgação à revelia do «repórter» gravador, mas não verberou o repugnante exercício jornalístico por este praticado.
Entretanto, a intolerável leviandade moral de Octávio Lopes (secundada pela direcção do seu jornal) põe outra questão: a da leviandade «funcional», digamos assim, com que expôs material para ele tão sensível à possibilidade de um extravio ou um roubo. A acreditar que este efectivamente aconteceu, é incompreensível que ele não tivesse tomado os maiores cuidados em guardar permanentemente consigo, em lugar a que só ele pudesse ter acesso, tantos registos «secretos» e «explosivos». A não ser que a sua mitomania de intocável «abutre» judicial o tenha levado a descurar a mais elementar prudência de quem é suposto guardar ciosamente os seus segredos. Em qualquer caso, tudo isto cheira a história muitíssimo mal contada, tão mal contada como o jornalismo «investigativo» de Octávio Lopes.
Foi, porém, um jornalista com estas características patológicas, responsável por esse infecto «jornalismo» de sarjeta das primeiras páginas do Correio da Manhã, que conseguiu captar e explorar, durante meses e meses a fio, a confiança de fontes colocadas em lugares estratégicos decisivos (como a direcção-nacional da PJ e a assessoria de imprensa da PGR, esta assegurada, imagine-se, por alguém cujo percurso académico culminou numa tese sobre deontologia jornalística!!!. Desgraçado jornalismo, desgraçada justiça que nele se revê! Se a promiscuidade é sempre detestável, esta dá vontade de vomitar.
A partir daqui, todos os enigmas da violação do segredo de justiça, que o sr. Procurador sempre fugiu a investigar e esclarecer, parecem charadas infantis. Eis-nos assim chegados à incontornável questão: como é que um homem que lava as mãos como Pilatos das suas responsabilidades institucionais e tem demonstrado tamanha falta de carácter (como justamente apontou o Bloco de Esquerda) pode garantir qualquer estabilidade ao funcionamento da Justiça e à isenção da investigação criminal? Quem é que ainda pretende meter a cabeça na areia (seguindo, assim, o próprio comportamento de Souto Moura) e convencer-se de que este Procurador tem condições éticas e políticas para permanecer no cargo?
Vicente Jorge Silva
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