domingo, 22 de maio de 2011

Entrevista ao Paulo Sérgio

Esperava encontrar tantas dificuldades quando, há cerca de um ano, decidiu aceitou o convite do Sporting?

- Esperava um ano difícil, mas não esperava o tipo de dificuldades que viemos a encontrar.

- Já percebeu o que falhou?
- Apesar de ter tido muitos convites para dar entrevistas, esperei pelo final da época para falar. Estive sempre calado porque receei que pudesse dizer qualquer coisa que pudesse ser mal interpretada e criasse alguma desestabilização no grupo, que estava concentrado na competição. Falo agora, mas longe de mim qualquer intenção de lavar roupa suja na praça pública ou tornar conhecido o que ninguém conhece: só eu e quem esteve lá dentro. Mas, quem conhece a realidade do Sporting, percebe o porquê de uma época desastrosa.

- Parece amargurado...
- E sinto, de facto, essa amargura, não foi para aquilo que me preparei, que andei a trabalhar estes anos para chegar ao topo. Queria aproveitar a oportunidade e não tivemos as condições necessárias para podermos alcançar aquilo que todos os sportinguistas queriam. Tenho as minhas responsabilidades, não fujo a elas, mas os erros que possa ter cometido aconteceram com os problemas já a decorrer.

- Ou seja...
- É que não foram criadas as condições mínimas para uma equipa como o Sporting poder lutar pelo título.

- Houve promessas não cumpridas, é isso?
- Houve claramente! Não estou arrependido de ter trabalhado com qualquer jogador que integrava o grupo. São todos bons jogadores. Mas, para lutar pelo título, era preciso ter mais qualquer coisa do que isso. Após um ano em que tinha ficado a 26 pontos do campeão, o Sporting tinha de se ter reforçado e não podia perder o Moutinho e o Veloso, além de não poder contar com o Izmailov durante praticamente toda a época. Ou vender Liedson. E depois querer ganhar títulos. Se a época anterior, com esses atletas, já tinha sido penosa, vendendo esses elementos, e não os substituindo em qualidade e quantidade suficiente, tornava-se impossível lutar por qualquer título.

Leia o resto na edição de hoje da ABOLA.

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